quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Perdoar ou não perdoar traição (infidelidade)? / Dúvidas e conflitos na relação amorosa


Cada pessoa encara a traição de uma forma. Há aqueles que não conseguem perdoar e não voltam a confiar. Outros (mesmo feridos) querem dar uma nova chance ao companheiro e a si mesmo. No caso em que o casal quer tentar superar a infidelidade, podem surgir dúvidas e conflitos no resgate da relação saudável.infidelidade
É natural levar um tempo até o casal conseguir se recuperar da traição. Ambos podem sentir o desgaste emocional nesse tempo de reconciliação. Quando o casal consegue trabalhar o emocional, pode se beneficiar e tornar a relação íntima e sincera. Nesse tempo cada um vai avaliar se permanecerão juntos.
Depois de uma infidelidade a pessoa sente que perde o chão, fica confusa, se questiona, passa ficar mais desconfiada. Normalmente também fica em dúvida sobre o que sente. O amor e a raiva se misturam.
Às vezes é necessário reavaliar o que deseja nessa relação, e a que está disposto ou não. Para isso alguns precisam se distanciar do parceiro (não necessariamente fisicamente, mas emocionalmente) para se perceber e se reconhecer sem esse outro, e a partir de então entender o que realmente quer.
O autoconhecimento é fundamental para que a pessoa consiga lidar com suas mágoas e responda a si se quer continuar a relação. Fazer uma lista pode ajudar a pensar e entender sobre seus sentimentos que podem estar confusos.
  • Por que quero continuar a ficar com a pessoa? O que ela significa para mim?
  • E se eu me separasse, como seria?
  • Quais são os “ganhos e perdas” em manter ou não essa relação?
Também é importante entender como estava a relação antes da descoberta da  infidelidade:
  • Como estava o casal quando ocorreu a traição?
  • Existia algum tipo de distanciamento (emocional ou físico)? Mágoas não resolvidas?
  • Conseguiam conversar e lidar com as questões que envolviam o casal?
  • Existiam momentos para o casal namorar? O casal se preocupava em conquistar um ao outro?
Pontos para pessoa traída refletir:
  • O outro está realmente disposto a mudar e melhorar para a relação dar certo? E o que “eu” estou disposto?
  • Estou disposto a tentar voltar a confiar na pessoa? Estou disposta a lidar com a traição, superar e construir novamente essa relação? Consigo voltar nesse relacionamento sem ficar resgatando o passado?
  • Como eu e meu parceiro (a) podemos fazer isso juntos? O que é preciso mudar? Por onde começar?
Naturalmente será um processo muito doloroso para ambosDepende muito do casal, o que cada um está disposto a perdoar e a modificar, por isso a conversa (assertiva) entre os dois é muito importante… Normalmente é indicado acompanhamento psicológico para que não ocorram problemas no futuro (por exemplo: o traído não acabe utilizando de alguma forma o fato para agredir, alfinetar ou exigir as coisas de quem traiu).

Por que a pessoa se sente perdida e incompleta? / Formas resgatar a própria vida

mala borboletas
Depois de alguns acontecimentos na vida, a pessoa pode ficar “fragmentada”. É como se algumas “partes” dela ficasse no passado, um pouco dela fosse “deixado e perdido” no tempo. Esse “jeito” de agir pode levar a pessoa se sentir incompleta, como se algo faltasse em sua vida.
A pessoa passa a sentir que não é dona do seu próprio “eu”.  Muitas vezes ela se vê de fora, como se assistisse sua vida passando, e de alguma forma ela não tivesse controle sobre aquilo, sem controle sobre si mesma. Quando se sente assim, é importante refletir:
  • Teve momentos difíceis na minha vida que eu não consegui superar? Quais são eles?
  • Eu “me acolhi e me dei colo” nesses momentos difíceis? Ou será que me deixei de lado?
  • Será que me permiti sentir as dores emocionais da época? Ou ignorei meus sentimentos e necessidades depois de tudo acontecer?
  • Existe uma parte de mim “perdida” no passado?
Refletir e resgatar o “eu” no passado não significa ficar remoendo e revivendo o sofrimento, mas sim aceitar e enfrentar os medos e as feridas emocionais.
O processo de resgatar o próprio “eu” deve ser por etapas, aos poucos, podendo ter o seu tempo para entender e achar formas de superar o que aconteceu. Respeitando o tempo para cicatrizar as feridas emocionais. Assim, a pessoa poderá se sentir mais segura e equilibrada, mais “completa” juntando os seus “pedaços” deixados no passado, superando e recuperando o seu “eu”.Normalmente a pessoa precisa de ajuda emocional para conseguir fazer isso, sendo o acompanhamento com o psicólogo indicado.