terça-feira, 15 de abril de 2008

Embriões - Crianças Congeladas?


Uma atitude errada dificilmente resulta em algo bom. A existência de embriões congelados é o resultado de uma atitude errada. A falta de ética na manipulação das potencialidades da reprodução humana determinou seres humanos aprisionados em geladeiras. O que fazer com geladeiras repletas de crianças?
Crianças congeladas impõem um problema de dimensões amplas. Estão envolvidos aspectos legais ainda não de todo regularizados; questões médicas, desenvolvimentos técnicos ainda inconclusos, transferências econômicos, sem contar nos inimagináveis conflitos sociais e psicológicos que todos processo de solução demandará.
Só para citar um enrosco judicial, basta lembrar que a existência de uma criança determina litígios familiares de sucessão empresarial e heranças. Milhares de congelados estão citados em processos de todos os tipos em todos os fóruns dos países que mantém seres humanos nessa situação.
Um aspecto médico e técnico a lembrar são as possibilidades reais de descongelamento, de definição exata da “validade” daquela criança congelada. Sabe-se que em ciência não existem as palavras “nunca” e “sempre”. Que estudo garante que é após três anos que o embrião não mais se desenvolverá? O que se quer dizer com “se desenvolver”?
Depois de três anos o embrião pode ser descongelado e não se desenvolverá de tal forma que não será capaz de disputar uma Olimpíada, mas seu desenvolvimento permitirá que seja um mecânico de compressores?
Aspectos econômicos: fica mais caro descongelar ou manter as crianças em forma de sorvete? O Estado dará os recursos? Quanto as clínicas de reprodução assistida cobrarão para implantar as crianças em úteros de mulheres generosas mas sem recursos para pagar o implante?
Os aspectos sociais vão desde a criação de estruturas educacionais adequadas para integrar um ser humano já marcado por uma sociedade desumana, até mesmo criar condições de empregabilidade sem discriminações para homens e mulheres que sofreram seqüelas pelo congelamento, mas que estão aptos a contribuir para o bem da humanidade..
Quanto aos aspectos psicológicos e emocionais das próprias crianças e de seus familiares quem os tratará e como?
Há um filme de 1978, bem antigo, portanto, chamado “Coma”, baseado na novela de Robin Cook e dirigido por Michel Crichton, onde jovens que eram hospitalizados com enfermidades simples morriam. O suspense policial se inicia com a suspeita de que algo estranho estava se passando. Na metade do filme parte da trama se aclara. Havia um lugar que se deixavam os jovens em estado de coma, para retirar deles órgãos a serem vendidos.
O que o filme nos conscientiza é de uma verdade tenebrosa e que não já não é mais ficção. O dramático da existência de embriões congelados é que as dificuldades não estão no uso da inteligência, mas na adesão da vontade ao bem e ao amor. Há um grande interesse de que não se resolva esse problema das crianças transformadas em cubinhos de gelo. Os mesmos gananciosos que já tiraram dinheiro de mulheres e homens para que congelassem seus filhos, esperam que as leis e a dureza dos corações humanos se tornem favoráveis à manutenção de gente que sirva de estoque, para que seus pedaços possam ser vendidos para prolongar a vida daqueles outros homens e mulheres que, por sorte ou crueldade, consigam sair vivos da civilização da morte.
Cito um poeta materialista e ateu chamado Geraldo Vandré em sua famosa “Disparada”, pois até os que não crêem no Deus Vivo observam as obviedades:
…PORQUE GADO A GENTE MARCA TANGE, FERRA, ENGORDA E MATA, MAS COM GENTE É DIFERENTE. SE VOCÊ NÃO CONCORDAR, NÃO POSSO ME DESCULPAR. NÃO CANTO PRÁ ENGANAR, VOU PEGAR MINHA VIOLA VOU DEIXAR VOCÊ DE LADO, VOU CANTAR NOUTRO LUGAR...
No Catecismo da Doutrina Católica, no 1398 o aborto provocado por qualquer motivo é um pecado gravíssimo impõe a excomunhão de todos os que tomam parte direta e indiretamente (e indiretamente é também apoio político aos parlamentares abortistas).
No 2270 diz que a vida humana deve ser respeitada e protegida desde o primeiro momento (a fecundação).
No 2442 cabe aos leigos agirem na política por próprias iniciativas e sempre levando em vista o bem comum e a doutrina social da Igreja e das Sagradas Escrituras.
A igreja da pena de excomunhão a todos aqueles que cometem, aconselham, participam direta e indiretamente do aborto ( Cânon 1398 ) .
Para maiores informações:http://www.providafamilia.org.br/; http://www.paguaviva.blogspot.com/;