Tem uns sites católicos por aí dizendo que os protestantes não são nada
além do que um bando de hereges completamente afastados da graça de Deus, e nem
mesmo podem ser chamados de cristãos. Se você pensa assim, você está contra a
doutrina católica, sim, amiguinho!
É preciso saber que:
- a Igreja Católica reconhece como VÁLIDO o
batismo ministrado em algumas comunidades protestantes;
- a
encíclica Dominus Iesus afirma que os membros
de outras religiões, ainda que de forma GRAVEMENTE deficitária, podem
receber a graça de Deus – pois muitos não têm culpa de serem ignorantes
quanto à verdadeira fé;
- São
Paulo ensina que até mesmo os pagãos, apesar de não terem tido contato com
a lei de Deus, muitas vezes fazem o que a lei manda, quando são fiéis à
sua consciência (Rom 2,13-15);
- fora da Igreja não há salvação (já explicamos esse dogma aqui), e, junto a isso, também é verdade “para se obter a salvação, não se exige a incorporação real (reapse), como membro, à Igreja, mas é exigido, pelo menos, a adesão a esta pelo voto e o desejo(...). Se o homem sofre de ignorância invencível, Deus aceita um voto implícito, assim chamado porque contido naquela boa disposição da alma com a qual o homem quer a sua vontade conforme à vontade de Deus.” (Carta do Santo Ofício ao Arcebispo de Boston, 1949. Denzinger, 3866 -3872).
A comunidade evangélica sul-africana que come capim durante o culto...
Nós católicos devemos saber conciliar a necessária luta contra a heresia
protestante com o devido amor e respeito aos nossos irmãos separados. Até mesmo
sabendo identificar as oportunidades de
colaboração mútua em "questões sociais e técnicas, culturais e religiosas"
(S. João Paulo II, Redemptoris Missio).
Que a Deforma Protestante foi obra do capeta, isso nós temos que deixar
claro (não foi reforma, foi deforma mesmo!). Ainda assim, algo de
católico os protestantes conservaram – o Novo Testamento foi compilado pelos
católicos, afinal. E é essa parcela de herança católica que Deus pode usar para
realiza a Sua obra.
Aliás, nem todo protestante é herege, no sentido mais amplo do termo. Existe uma
diferença entre crer em uma doutrina errada por ignorância invencível (heresia
material), e entre rejeitar a verdade por puro orgulho, covardia e teimosia
(heresia formal).
Nas comunidades protestantes, os
pastores, bispos e apóstolos não possuem poder sacerdotal algum - pois não
possuem sucessão apostólica. E, mesmo assim, muitos deles agem de reta
consciência, buscando com sinceridade serem fiéis a Jesus.
“Uma coisa é o herege pai, fonte da heresia.
Outra coisa são os membros das comunidades eclesiais herdeiras desse heresiarca
(os batistas, os presbiterianos, assembleianos, etc.) que nasceram e cresceram
nessa cultura sem nunca conhecer outra coisa E que, com aquilo que receberam (e
que em grande parte é algo herdado do catolicismo de onde um dia se
desmembraram) fazem o que podem, por vezes dando muito mais frutos que nós
próprios que comemos à mesa do Pai”.
Mas infelizmente, grande parte das denominações se afastaram de forma tão drástica do Evangelho, que já nem mesmo podem ser chamadas de cristãs: são paracristãs, ou seja, arremedos medonhos do cristianismo.
As comunidades que abençoam uniões gay..
A seita que promove a lipoaspiração de Jesus para emagrecimento...
Enfim, o rol de aberrações é interminável! Algumas comunidades chegam
até mesmo a negar a divindade de Jesus, como é o caso das Testemunhas de Jeová. Não é à toa que Lutero reconheceu a besteira que fez, ao ensinar que
qualquer um pode interpretar a Bíblia.
Também muitos protestantes fazem uma escolha livre pela ignorância;
nesse caso, o caminho da perdição é quase certo. Mesmo assim, o julgamento está
nas mãos de Deus.
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